Sunday, February 13, 2011

30 anos de onicofagia!



Este ano eu poderia celebrar, se isso fosse digno de celebração, 30 anos roendo as unhas!
Acreditam?
Acreditem ...
Vasculhando meus documentos históricos cerebrais (ou seja, até onde me recordo)  tudo começou aos 6 anos, querendo imitar meu irmão Eduardo ...
Bom, a vontade de querer imitar alguém querido aliada a uma grande ansiedade e agitação, já bastante presentes na pequena Adrianinha, resultaram neste horrendo fato: três décadas roendo as unhas.
É preciso que eu diga que destes 30 anos, em dois deles eu não pude roer as unhas, em 2002 e 2003, graças a minha ortodontista. Quero dizer, quando usamos um aparelho ortodôntico, torna-se impossível roer as unhas. Pura sorte pois no meu casamento minhas unhas estavam maravilhosas!
Este vício detestável sempre foi um problema pra mim porque ele traz problemas de saúde bem chatinhos, como freqüentes diarréias. Naturalmente, nossas mãos estão entre os locais mais sujos de nosso corpo (assim como a boca e o umbigo – pasmem!). Mas o problema tornou-se ainda maior quando minha filha Isabela nasceu há 3 anos e desde então venho tentando como nunca me livrar deste vício pois não quero que a história se repita. Mas nunca foi tão difícil e infelizmente, ela de vez em quando já coloca a mão na boca, especialmente quando está em frente à TV.
Pesquisando um pouco sobre o assunto descobri que o nome dado ao hábito de roer unhas é onicofagia e que trata-se de um hábito compulsivo de ordem emocional: ansiedade, angústia, falta de segurança e timidez são os sentimentos associados ao problema e que na maioria dos casos, o hábito começa na infância (por volta dos 3 anos), principalmente em famílias onde os adultos não dão muito espaço para que as crianças manifestem suas próprias opiniões ou digam o que querem.
Entre os tratamentos estão a terapia comportamental que auxilia na reversão do hábito com técnicas para desacostumar o indivíduo a levar a mão ou o pé até a boca, medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos e vitaminas do complexo B, técnicas de relaxamento, exercícios físicos e respiratórios e ainda terapias de aversão ao hábito que utilizam substâncias de gosto ruim sobre as unhas ou a substituição das unhas por algum outro objeto ou substância. De todos estes eu só não testei os medicamentos, todo o resto já foi experimentado e nada funcionou!
Mas a esperança é, de fato, a ultima que morre ... pois ela me acompanha todos estes anos.
                E vocês? Possuem algum péssimo hábito? Como isso afeta suas vidas? Querem compartilhar?







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