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para saber mais sobre os assuntos aos quais me refiro.
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Quando era criança Mulher Maravilha interpretada por Lynda Carter era minha personagem favorita (juntamente com o Patinho Feio).
para saber mais sobre os assuntos aos quais me refiro.
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Quando era criança Mulher Maravilha interpretada por Lynda Carter era minha personagem favorita (juntamente com o Patinho Feio).
Minha melhor amiga que era também minha melhor amiga de infância, a Andréa e eu adorávamos brincar que eu era a Mulher Maravilha e ela Isis (alguém se lembra de Isis, o seriado?).
Havia na vila em que eu morava uma casa bem grande em cuja enorme janela da sala de estar havia uma enorme grade verde escura. Ao sinal do menor perigo Mulher Maravilha e Isis corriam e escalavam a grade e tudo o mais que fosse necessário para pegar o terrível bandido que ameaçava uma inocente moça. Eu fico pensando o que a elegante artista plástica que morava naquela casa pensava dessa situação, mas ela nunca reclamou!
Qual não foi minha surpresa quando depois de bem grandinha, me sinto pressionada pela sociedade na qual vivo em personificar a Mulher Maravilha.
Minha filha nasceu por escolha, eu não me senti pressionada para ser mãe pois a vontade de vivenciar a maternidade apareceu tardia mas espontaneamente. Porém há inúmeras mulheres que são massacradas porque não querem ser mães! E quando são, tem de brincar de Mulher Maravilha pois são pressionadas a terem, “pelo menos”, um segundo filho e um cachorro!!!!
Há um mito de felicidade mais especificamente da classe média de nossa sociedade que fica martelando pais e mães. Trata-se da engessada idéia de que é crueldade pais não darem a seus filhos um irmão e “pelo menos um cachorrinho”.
Minha amiga Ana desesperadamente tenta me convencer de como um cachorro nos fará mais felizes. Várias amigas e conhecidas nos olham com surpresa quando dizemos que Isabela será filha única.
Ficam horrorizadas porque eu não falo Inglês com Isabela, apesar de saber de todas as possibilidades que sua pequena massa cinzenta apresenta para aprender e apreender uma segunda língua.
A gente se sente cometendo um crime!
Quando digo que Isa cuida de quase 30 peixinhos aqui em casa isso não é sequer levado em consideração já que “peixes não interagem com seres humanos”. Quem disse? Nossos peixinhos sabem quando somos nós que estamos nos aproximando do aquário pois reagem de uma maneira totalmente diferente com estranhos.
Mas entendo as preocupações.
Li diversos artigos que falam sobre os benefícios que um pet pode trazer a uma criança, a importância de se ter um irmão para “aprender a dividir, atacar o egocentrismo natural da criança”. Sobre a facilidade de as crianças se desenvolverem na primeira infância através de atividades extras como ballet, capoeira e natação.
Sobre filhos únicos há estudos recentes que demonstram que os irmãos não são garantia de melhora da capacidade de socialização de uma criança e nem garantem sua felicidade.
Eu fico aqui pensando que muitos pais e mães ficam tão preocupados em dar irmãos, gatos, cachorros, periquitos e proporcionar tantas aulas extras quantas forem capazes a seus filhos que mal tem tempo de investir em sua relação com o parceiro e acabam transformando o ambiente do lar, como muitos dizem, num inferno.
São tantas coisas que deve ficar mesmo difícil manter uma mente sã e um casamento saudável com tantas responsabilidades, tanta gente e animais e tantos afazeres!
Se a preocupação em manter um casamento feliz e filhos bem criados fosse proporcionalmente igual à preocupação com irmãos, pets e natação talvez a nossa taxa de lares desestruturados pelo divórcio ou doentes pelo sofrimento fosse bem menor.
Proponho que pensemos mais simples!
Que atuemos de forma mais descomplicada.
Respeito todas as pessoas que precisam de tudo isso para serem felizes.
Cada família é um rico universo de variadas escolhas!
Mas há um grupo de pessoas, e isso nada tem a ver com egoísmo, que não querem ter um pet, não estão ansiosas que seus filhos saibam o alfabeto aos 3 anos e sejam fluentes em Inglês aos 6, e não acreditam que a criança será desajustada e infeliz porque não terá irmãos e nunca será chamada de tia ou tio.
Não há regras ou manuais!
Sabemos!
O importante é que cada casal faça as escolhas baseadas em sua verdadeira vontade. Que siga seu coração e seus sentimentos mais puros na hora de conduzir sua relação e a educação de seus filhos.
O que é bom para um casal de amigos, não necessariamente será bom para outro.
E já está cientificamente provado através dos estudos da ciência hedônica que a felicidade: não advém de nenhum objeto, animal ou pesssoa, nem do dinheiro; não depende de fatores genéticos e também não depende de aparência física, boa educação nem juventude.
Vale a reflexão.
Propostas de Leitura:
A ciência de ser feliz - Susan Andrews - Editora Ágora
Nietzsche para estressados - Allan Percy - Editora Sextante
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